| Por Mônica Horta
De tempos em tempos os astrólogos voltam a um tema antigo: Qual é o mapa astral de Jesus Cristo? Deveria haver pelo menos um sinal no céu na noite em que nasceu o homem que ia marcar toda uma era.
A primeira pista foi a estrela de Belém. Já em 1613 Kepler falava de um ano em que Júpiter e Saturno estiveram juntos na mesma direção que Sirius, a estrela mais bonita do céu. Essa conjunção provocaria uma luminosidade extraordinária Se a observação de Kepler for correta, Cristo nasceu seis anos antes do inicio oficial da era cristã.
A partir daí, muitos mapas astrais foram calculados. Quase todos concordam sobre ano, mas discordam sobre o dia e o mês.
O dia vinte e cinco de dezembro poderia ter sido apenas uma data escolhida pelos primeiros cristãos para ofuscar as festas que as religiões antigas faziam para fortalecer o sol na época em que ele estava mais longe da terra.
Na tradição astrológica Jesus já teve vários signos. Alguns acham que ele era do signo de Áries – porque este é o símbolo do cordeiro. Outros garantem que ele só poderia ter nascido em Libra, porque conseguiu ser manso sem ser fraco e por que foi um condutor de almas e não de homens. Há ainda quem defenda o signo de Virgem, porque tinha como pai um simples carpinteiro e como mãe a Virgem Maria. E todos esse mapas permitem interpretações compatíveis com a vida do messias de Nazaré.
No meio dessa confusão o que fica é a mensagem dos reis magos, os pais espirituais de todos o astrólogos: Muitas vezes, os acontecimentos mais importantes para a humanidade passam despercebidos. São tão invisíveis aos olhos do mundo como o parto de uma mulher sem-teto.
Cada criança recém-nascida é uma nova promessa de redenção para a humanidade.
Todas deveriam ser recebidas com presentes, de preferencia com ouro, incenso e mirra. Porque cada nascimento é um novo Natal.
Mônica Horta é jornalista e astróloga. Já escreveu para grandes veículos de comunicação, com coluna regular sobre astrologia em portais da internet.
horta.monica@gmail.com